segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Empregabilidade

Denomina-se de Empregabilidade a capacidade de um profissional ascender a um posto de trabalho, em organizações que se encontram no nicho de mercado onde atua, e trabalhabilidade a sua capacidade de manter-se ativo no mercado de trabalho. Ambas as denominações assumem uma conotação dinâmica, na mesma medida em que as organizações, hoje, encontram-se em constantes transformações, frente à excelência empresarial.

A conquista de um posto de trabalho, para quem já esteve no mercado, nem sempre é fácil e rápida. Constitui um equívoco, para um profissional que procura emprego, achar que vai encontrar um novo posto de trabalho nos mesmos moldes em que deixou o seu, contendo os mesmos requisitos e adequado às suas habilidades, conforme dispunha em seu último contrato de trabalho.

Com o avanço tecnológico, a cada momento são exigidas novas habilidades ao trabalhador, que se encaminha para a necessidade de desenvolver competências multifuncionais. Ao ser desligado de uma Empresa, seus gestores estão lhe dizendo claramente que sua empregabilidade não mais se harmoniza com as expectativas empresariais daquela organização.

O recado é claro e, independente de seu nível de instrução, ele o entende, o que acarreta, muitas vezes, a perda de sua autoestima e a indefinição de rumos a seguir. Pesquisas desenvolvidas por empresas especializadas comprovam que o tempo médio, para um trabalhador disponível no mercado, voltar a ver a sua carteira profissional assinada é de cerca de um ano.

Em lugar de o trabalhador refletir sobre sua condição, às vezes opta por buscar, intempestivamente, oportunidades oferecidas através de veículos disseminadores de oportunidades: blogs, sites, anúncios, murais, serviços sindicais, empresas governamentais de agenciamento, empresas de recursos humanos, editais, dentre tantos outros.

O momento exige reflexão, autoconhecimento, validação de sua estima, mas, principalmente, validação de suas competências e habilidades. Até recentemente, as equipes de recrutadores perguntavam a seus candidatos: “o que a nossa empresa pode fazer por você”? Hoje elas perguntam: “o que você pode fazer por nossa empresa?” “De que forma você pode contribuir para gerar valor agregado à empresa?” Em outras palavras: o trabalhador, seja qual for a sua formação ou posto que postula, deve ajudar efetivamente a empresa a alcançar um ou os dois postulados maiores: gerar lucro e fazê-la manter-se ativa no mercado.

A crise econômica existe e a recessão ainda manterá os seus tentáculos sobre o mercado de trabalho. Mas ela não conseguirá destruir os mais competentes e preparados, que sobreviverão a ela. São exatamente esses momentos de crise que possibilitam as melhores oportunidades para atualização das competências profissionais, a melhora da empregabilidade e a trabalhabilidade de um trabalhador. Na hora de fazer a sua revisão, o trabalhador, disponível ao mercado de trabalho, poderá atentar para alguns pontos considerados importantes à sua análise:

• Deixar de se preocupar com o problema do desemprego e mover toda a sua atenção à busca de soluções para renovar a sua trabalhabilidade;
• Descobrir os pontos fracos e validar os pontos fortes de sua empregabilidade;
• Procurar estabelecer estratégias para corrigir pontos fracos e evidenciar pontos fortes, baseando a sua excelência em diferenciais que contenham qualidades e conhecimentos que dificilmente outro candidato venha a possuir;
• Desenvolver habilidades para conviver com ambientes de trabalho em constantes transformações;
• Canalizar a sua competência no desenvolvimento de multifuncionalidades;
• Não se preocupar em distribuir cópias de currículum aleatoriamente, mas selecionar cuidadosamente os nichos que pretende atuar, onde você possui maior experiência e onde pode se tornar mais competitivo;
• Procurar identificar quais os conhecimentos básicos, solicitados por essas empresas;
• Organizar o seu currículum colocando, de forma objetiva, não só os cargos mas as experiências adquiridas, destacando ações desenvolvidas que poderão despertar o interesse de recrutadores;
• Procurar conhecer e levantar o maior número de informações sobre o perfil da empresa a qual pretende candidatar-se, sobre os segmentos e sobre o mercado onde atua;
• Se a Empresa mantiver, na internet, um site, procurar visitá-lo e levantar o maior numero de informações disponíveis;
• Estabelecer um projeto profissional bem definido e destacar de que forma a empresa, onde postula um emprego, pode estar inserida em seus planos e de que forma pode contribuir, com o seu trabalho, para melhorar a sua posição no ranking de organizações concorrentes;
• Estabelecer claramente o seu futuro desejado, não se intimidando com as perguntas formuladas pelos recrutadores, formulando respostas claras, objetivas e sempre agir com segurança e confiança em relação a sua trabalhabilidade e a sua empregabilidade.

Stephen Covey, autor de inúmeros best-sellers internacionais, em seu livro: “Os 7 hábitos das pessoas altamente Eficazes”, parafraseando Peter Drucker, afirma que “as pessoas eficazes não vivem voltadas para os problemas, elas vivem voltas para as oportunidades. Elas alimentam oportunidades e deixam os problemas “morrer de fome”. Elas pensam preventivamente. Elas enfrentam crises e emergências genuínas, que exigem sua atenção imediata.

Os profissionais que se encontram em seu momento de virada também podem inspirar-se na frase dita por Soren Kierkegaard: ”A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas só pode ser vivida olhando-se para frente”.

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